O polêmico homem caminha tranquilo pelos morros cariocas tomados pelo tráfico. Tem livre acesso, condição conquistada, segundo ele, depois de anos de trabalho. Diz que sua missão é levar a palavra do Senhor aos criminosos que ditam as ordens nas comunidades carentes. E o que parecia improvável vira uma rotina nos becos e vielas das favelas. Estranhamente cumpre o seu papel. Parece invadir a mente dos criminosos, que aos poucos se desarmam. Abandonam identidade de homens violentos e ficam entregues aos pés do homem que entoa palavras da bíblia. Diz explusar os demônios, que segundo ele, abrigam as almas destes criminosos. É o fio de esperança para os homens que escolheram caminhos tortuosos, arriscados, ilegais. Decidimos saber mais sobre a vida deste misterioso homem que escolheu viver a vida a serviço da religião. Ele concorda em nos revelar tudo. Seguimos para a zona norte do Rio. Entramos no prédio imponente e somos recebidos por nosso anfitrião.
A noite carioca mostra sua face, no alto dos morros um ritmo eleito como hino das comunidades. Nosso destino é um dos bailes funk, na zona norte da cidade maravilhosa: o batidão, como são conhecidos. É lá que iremos acompanhar seu trabalho, uma missão dificil: a de transformar o baile em uma espécie de culto. Na chegada nos deparamos com os donos do baile. Homens armados que ostensivamente cuidam da segurança dos frequentadores do baile. Para qualquer pessoa um motivo de intimidação, mas ele não tem nenhuma dificuldade em circular livremente entre os homens considerados perigosos. Ninguém barra. Ninguém impede. O homem que sobe o morro para levar a palavra do Senhor é blindado pelos próprios chefões do tráfico. Em volta, jovens consomem bebidas alcóolicas. Garotas desfilam em trajes provocativos e traficantes mostram o poder,
A noite carioca mostra sua face, no alto dos morros um ritmo eleito como hino das comunidades. Nosso destino é um dos bailes funk, na zona norte da cidade maravilhosa: o batidão, como são conhecidos. É lá que iremos acompanhar seu trabalho, uma missão dificil: a de transformar o baile em uma espécie de culto. Na chegada nos deparamos com os donos do baile. Homens armados que ostensivamente cuidam da segurança dos frequentadores do baile. Para qualquer pessoa um motivo de intimidação, mas ele não tem nenhuma dificuldade em circular livremente entre os homens considerados perigosos. Ninguém barra. Ninguém impede. O homem que sobe o morro para levar a palavra do Senhor é blindado pelos próprios chefões do tráfico. Em volta, jovens consomem bebidas alcóolicas. Garotas desfilam em trajes provocativos e traficantes mostram o poder,
exibem seus arsenais. Em meio a todo este cenário intimidador ele, nosso personagem, caminha como um velho conhecido dos frequentadores. Entre um aceno e outro ele aproveita para ajudar algumas pessoas que ele diz: "estarem tomadas pelo mal". Música alta e o objetivo do pastor é chegar até o dj. No palco crianças dançam ao som de letras pesadas, impróprias para a idade. O homem reconhecido pela comunidade como a pessoas que tem a missão de expulsar os demônios chega ao palco, sobe e, finalmente, toma o microfone.
E, como numa mudança de rítmo, o batidão se transforma em uma espécie de " rave gospel". Começa o que os fiéis acreditam ser a luta do bem contra o mal. É hora de show de Marcos Pereira. A voz forte toma conta do baile. Todos ficam paralisados, atônitos com o poder enigmático . Ao presenciar estas cenas uma pergunta fica no ar. O que estas pessoas sentem ? Por que caem desnorteadas? Sugestão? Ou simplesmente fé?
E, como numa mudança de rítmo, o batidão se transforma em uma espécie de " rave gospel". Começa o que os fiéis acreditam ser a luta do bem contra o mal. É hora de show de Marcos Pereira. A voz forte toma conta do baile. Todos ficam paralisados, atônitos com o poder enigmático . Ao presenciar estas cenas uma pergunta fica no ar. O que estas pessoas sentem ? Por que caem desnorteadas? Sugestão? Ou simplesmente fé?
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